Brasil passa pelo Chile nos pênaltis e está nas quartas da Copa

Júlio César se destaca na decisão de pênaltis
Foto: Jefferson Bernardes/Vipcomm
Uma partida recheada de tensão e nervosismo. Essa foi a definição do primeiro duelo das oitavas de final da Copa do Mundo, entre Brasil e Chile, realizado no Mineirão, em Belo Horizonte. Em um estádio praticamente lotado, os torcedores brasileiros e chilenos viram David Luiz, aos 18 minutos, abrir o placar brasileiro e depois Alexis Sanchez, aos 31, empatar o jogo para o Chile, ainda no primeiro tempo.


Com o placar inalterado no tempo normal e na prorrogação, a decisão foi para os pênaltis, e com uma bela atuação de Júlio César, que defendeu duas cobranças, e uma bola do Chile na trave, a seleção brasileira, mesmo desperdiçando dois chutes, despachou os chilenos e avançou para as quartas de final da Copa do Mundo da FIFA.

O tempo normal
Jogando de forma cadenciada nos primeiros minutos de partida, a seleção Brasileira – que teve uma modificação com a entrada de Fernandinho no lugar do Paulinho – era parada sempre pela forte marcação chilena, que conseguia anular jogadas de ofensividade do Brasil, principalmente as articulações criadas pelo Neymar e Hulk.

Em uma atuação bastante polêmica do árbitro Howard Webb, a primeira reclamação aconteceu aos 13 minutos, após Hulk receber a bola em posição de finalização e ser deslocado por Silva dentro da área. Os brasileiros reclamaram pênalti, mas o árbitro inglês mandou seguir a partida.

O primeiro gol do jogo acabou saindo a favor dos brasileiros aos 18 minutos, após cobrança de escanteio de Neymar. O atacante da seleção brasileira cruzou em direção ao David Luiz, que junto com um marcador chileno, empurrou a bola para o fundo da rede, abrindo o placar na capital mineira.

Com a vantagem, o Brasil diminuiu o ritmo de jogo, e assim, cedia espaços ao Chile, que tentava criar jogadas ofensivas. E foi com uma falha da defesa brasileira que o gol de empate saiu aos 31 minutos. Após Hulk errar na marcação, Vargas dominou a bola e tocou para Sanchez, que com um fraco chute, empatou a partida, para apreensão dos torcedores brasileiros no Mineirão.

Por pouco o Chile não virou a partida no término do primeiro tempo. Aos 42 minutos, Medel recebeu pelo lado direito de ataque e cruzou rasteiro para Vargas desviar, mas Júlio Cesar, atento, fez uma grande defesa e salvou o Brasil de sair para o intervalo com a desvantagem no placar.

O parâmetro da segunda etapa foi parecido com a da primeira. A seleção Brasileira pressionando e o Chile tentando encontrar algum espaço para concluir ao gol de Júlio César. Porém, mais uma vez, a polêmica girou em torno da arbitragem. No décimo minuto, Hulk foi lançado, dominou a bola no ombro e concluiu no canto do goleiro Bravo, mas a arbitragem anulou o gol, assinalando toque de mão do atacante brasileiro.

Passando o tempo, o Chile começava a encontrar espaços na defesa brasileira para tentar surpreender com lances de perigo. Diante disso, o Felipão fez a primeira alteração na equipe, tirando Fred e colocando Jô. Mesmo assim, os chilenos tinham facilidade em conduzir a posse de bola diante da inconsistência da marcação brasileira.

A partida ia encaminhando para o fim do tempo regulamentar, e o nervosismo e a pressão de ambas equipes ficava mais evidente. E nos últimos 15 minutos de jogo, a seleção brasileira teve duas boas oportunidades, uma com Neymar aos 30, quando cabeceou para boa defesa de Bravo, e outra com Hulk aos 35, que obrigou ao goleiro chileno a fazer uma ótima defesa.

Apesar de não encaixar um sistema de marcação eficiente, o tempo normal terminou com as duas equipes, já cansadas, valorizando a posse de bola.

Uma prorrogação recheada de tensão
Na prorrogação, com as duas equipes demonstrando muito cansaço e desgaste, o Chile enrolava com a posse de bola, tentando valorizar o resultado, que levava a partida para os pênaltis. A melhor chance do primeiro tempo foi mais uma vez de Hulk aos 13 minutos, quando fintou a marcação e bateu forte no canto, para boa defesa de Bravo.

O segundo tempo foi marcado pela má vontade dos jogadores do Chile. Muitos estavam reclamando de câimbras e dores musculares, o que levava-os a cair no chão para valorizar o tempo e levar a disputa para as penalidades.

Mas na parte derradeira do tempo extra, por pouco o Chile não fazia o gol e causaria a tristeza dos brasileiros em Belo Horizonte. O atacante Pinilla, que entrou no decorrer da partida, recebeu a bola livre na intermediária e bateu forte no travessão do goleiro Júlio César, encerrando a partida de forma tensa e levando a decisão para os pênaltis.

Muito cansados e abalados emocionalmente, os jogadores da seleção brasileira tentavam absorver a energia da torcida, que cantava a favor dos atletas. Alguns jogadores, como o zagueiro Thiago Silva e Júlio César, foram vistos chorando antes da decisão.

Júlio César salva a seleção na decisão de pênaltis
A seleção brasileira iniciou a série de cobranças com David Luiz abrindo o placar. Na cobrança chilena, Pinilla cobrou e Júlio César defendeu a penalidade no meio do gol. Logo em seguida, Willian foi para a cobrança e desperdiçou, batendo para fora, mas logo em seguida, mais uma vez Júlio Cesar brilhou e defendeu a cobrança de pênalti cobrada por Sanchez.

Marcelo com convicção converteu a cobrança, batendo forte. Em seguida, Aranguiz converteu para o Chile, mas viu Hulk errar a cobrança e manter as esperanças chilenas na copa.

Na última série, a pressão foi toda para o craque da seleção brasileira Neymar, que manteve frieza e converteu a penalidade. Por último, a cobrança ficou com Jara, que bateu na trave esquerda de Júlio César e deu a seleção brasileira a vaga nas quartas de final da Copa do Mundo da FIFA, para enfrentar o vencedor de Uruguai e Colômbia.

COPA DO MUNDO DA FIFA
BRASIL 1-1 CHILE (TEMPO NORMAL + PRORROGAÇÃO)
BRASIL 3-2 CHILE (PÊNALTIS)
28.06.2014 – ESTÁDIO MINEIRÃO – BELO HORIZONTE/MG

Cartões amarelos:
Jô, Luiz Gustavo e Hulk (Brasil)
Mena, Pinilla e Francisco Silva (Chile)

Brasil: Julio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho (Ramires) e Oscar (Willian); Neymar, Hulk e Fred (Jô). Técnico: Luiz Felipe Scolari

Chile: Bravo; Francisco Silva, Medel (Rojas) e Jara; Isla, Díaz, Aránguiz, Vidal (Pinilla) e Mena; Sánchez e Vargas (Gutiérrez). Técnico: Jorge Sampaoli

Árbitro: Howard Webb (Inglaterra)

Público pagante: 57.714

Matéria de Lucas Bolzan para o Clube do Esporte DF
Matéria retirada do site Clube do Esporte DF
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